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Textos do Ensino Básico
 
 

Tudo de pernas para o ar

Há muitos anos atrás, no planeta das Maravilhas, nasceu o Peter Pan. Este rapaz cresceu na grande cidade, onde as personagens esperam até atingirem a idade necessária para que as histórias decorram como está escrito no computador sagrado, guardado na torre do palácio de “Bué-Bué-Encantado”.

De ano a ano, a “Liga da Justiça” ia à cidade buscar as personagens necessárias para as suas histórias e todos os anos o Peter Pan ficava nervoso na hora da chamada. Os escolhidos, muito contentes, saíam da cidade no autocarro da Avozinha da Capuchinho Vermelho, deixando para trás o Peter Pan.

Aos mil e quinhentos anos, já desanimado, o Peter Pan foi ao local onde todos se encontravam à espera da divulgação das personagens. De repente, para espanto de todos, apareceram de debaixo da terra os membros da “Liga da Justiça”. O Super-Homem aproximou-se do microfone ali colocado para o acontecimento e começou a ler os nomes tão esperados:

- Sininho, Bela Adormecida, Cinderela, Sete Anões, Rapunzel, Fada Madrinha, Merlin, Caracolinhos Dourados, Pinóquio e finalmente… Peter Pan. Entrem no autocarro da Avozinha, por favor!

Após ouvir o seu nome, Peter Pan sentiu uma mistura de ansiedade, de nervosismo e de felicidade por ter a sua vez ao fim de tanto tempo. Despediu-se dos seus pais, Mickey e Polly Pocket e dirigiu-se para o autocarro. No seu interior, encontrou “cadeiramas”, cadeiras que desciam e se tornavam camas, um bar com delícias fantásticas, uma sala de jogos, uma biblioteca com todos os guiões, uma sala de cinema…Era o Paraíso! As “cadeiramas” estavam agrupadas duas a duas e o Peter Pan acabou por se sentar ao lado de Merlin, o feiticeiro que estava com uma cara muito triste. Alguns minutos após a partida, o Peter Pan decidiu quebrar o gelo existente:

- Este autocarro é espectacular, não é? – perguntou

- Aproveita bem porque se as coisas continuarem assim vais ter poucos dias de felicidade!

- O quê? – perguntou novamente, espantado e assustado

- Nada, nada… Vai divertir-te, só isso!

- Agora quero saber! Conte lá, por favor!

- Só se prometeres que não contas a ninguém…

- Juro! – disse o Peter Pan, cruzando os dedos

- Há uns dias atrás, eu estava a aceder ao decorrer das histórias encantadas através dos meus altos conhecimentos informáticos e deparei-me com uma situação horrível! A Rainha de Copas mandou o seu exército de cartas prender o Mago-Mor, podendo assim controlar o Computador Sagrado F2PHE.

- FH, quê?

- F2PHE significa Finais Felizes Para as Histórias Encantadas. O Computador Sagrado contém uma rede super-secreta, que eu consegui aceder, onde se escrevem os finais das histórias. A Rainha de Copas conseguiu alterar o sistema, transformando-o no FIPHE, Finais Infelizes Para as Histórias Encantadas. Agora, ela anda a sabotar as histórias e a alterar os seus finais. A Barbie vai tornar-se gótica e engravidar do “Buzz Lightier”, a Branca de Neve vai perder-se na floresta e vai ficar a viver com o Shrek enquanto que quem vai comer a maçã envenenada são o “Hansel e a Grettel”, o Alvin e os esquilos vão juntar-se aos três porquinhos numa Digressão Mundial, o Chapeleiro Louco vai tornar-se um cientista e usar o coelho como sua cobaia e chegou mesmo a diminuir o seu rabo na história da Alice no País das Maravilhas!

- Não há nada que possamos fazer?

- Há uma maneira!

- Nos dias seguintes, o Merlin transmitiu-lhe todos os seus conhecimentos informáticos e sobre as histórias encantadas permitindo a Peter Pan executar o plano na perfeição.

À chegada da cidade de “Bué-Bué-Encantado”, todos os aplaudiram e gritaram os seus nomes. Atravessaram o grande e velho portão do palácio e quando saíram do autocarro todos os fotografaram enquanto atravessavam a longa e importante passadeira vermelha que os levava aos seus quartos decorados com quadros e estátuas antigas. O Peter Pan ficou a noite toda acordado, pensando o quanto era arriscada aquela missão. Ajudar a acabar três histórias encantadas para descobrir um código, derrotar um exército inteiro de cartas e uma rainha sempre a gritar “Cortem-lhe o dedo mindinho”. Após tanto tempo a pensar acabou por adormecer.

O Peter Pan acordou à hora do pequeno-almoço, vestiu-se e desceu os três lanços de escadas até à sala de refeições. Sentou-se ao lado de Merlin e disse:

- Vou tentar fugir da minha história e passar para a de “Rumpelstiltskin”, da Branca de Neve e da Capuchinho Vermelho.

- Tens a certeza que consegues fazer tudo isso só num dia?

- Sim, eu consigo.

Levantou-se e saiu da divisão, dirigindo-se para as histórias que deveria salvar.

Algumas horas depois, chegou ao palácio aos berros de alegria. Bateu na velha porta de madeira e ,de repente, foi puxado para dentro da grande divisão. O Peter Pan ficou espantado! O quarto estava cheio de equipamentos electrónicos com chips e cabos de todas as cores. No meio de tudo isso estava Merlin a trabalhar. Devia estar a construir uma arma de alta tecnologia como combinado. O que seria? Estava Peter Pan a pensar nisto quando ouviu uma voz rouca e muito baixinha.

- Então? Estás preparado? E já sabes o código?

- Sim, é “Maldade”. O que é que estás a construir?

- Uma pistola ultra magnética XPTO! A mais recente e poderosa arma de destruição.

- E eu vou ter de utilizar isso? Onde é que eu me fui meter!?

- Já está vai, rápido!

O Peter Pan subiu toda a torre à velocidade da luz, disparando um raio para cada guarda. Chegou ao cimo e encontrou a Rainha de Copas a admirar-se ao espelho. Levantou a arma e disparou. A Rainha estremeceu e caiu no chão. O Peter Pan entrou na rede, mudou todos os finais das histórias e o código do computador.

A partir desse dia, foi ele e o seu amigo Merlin que escreveram todas as histórias.

Joel de Deus Serra, nº16, 7ºI


Um Conto de Encantar



Era uma vez… Um gigante. Um grande e temido Gigante, o mesmo que caiu do grande feijoeiro, que ia comendo o Polegarzinho e que fora derrotado na história do valente alfaiate. Sim, esse gigante...

Ora, essa horrenda e assustadora criatura não passava agora de um pobre vagabundo, condenado a vaguear pelas ruas, bisonho e resignado à realidade.

Qual o motivo de tal mudança e melancolia? Eu digo-vos. Ora, a esse gigante tiraram-lhe a casa (o enorme feijoeiro), a mulher deixou-o por causa dos problemas que ele tinha com a bebida e ainda tivera de pagar uma enorme indemnização porque tentou “comer” Polegarzinho, que era menor de dezoito anos.

O destino não lhe sorria, e também do Criador não esperava nada, pois se ele o fizera para ser desgraçado, assim ele achava que iria ficar até morrer.

Enquanto o Gigante pensava nas tristes paragens da sua vida, os príncipes e as princesas que o derrotaram, riam e conjecturavam injúrias e boatos sobre as pobres criaturas como o gigante.

Então, cansado desta vida, ele decide ir ao palácio real e protestar.

-Rei, posso falar? - pergunta com humildade, no meio daquele luxo que é o palácio, ganho graças à sua desgraça.

-Que queres de mim, Besta!? - responde o rei irónico.

-Quero direitos, quero luxo e quero vingança! - ruge o Gigante.

-Hahah! …Queres é levar outra sova! – riem todos os seus inimigos.

“Para os derrotar preciso de gente indignada como eu e que esteja a meu lado…” pensou ele. E retirou-se da presença do rei e dos seus restantes inimigos, aturdido e cabisbaixo.

Assim, ele partiu numa longa viagem, confiante, à procura de aliados. Deixou o vício da bebida e do masoquismo para trás, e recomeçou a sua vida.

Um dia, nas suas andanças pelo mundo, encontrou as bruxas, e disse-lhes: “ Amigas, o rei cairá!” E elas logo o seguiram. Encontrou o dragão que chorava e chorava, pois um príncipe muito mal-educado tinha-lhe chamado nomes, mas logo ficou companheiro de armas do gigante, seguindo-o.

Por onde passava o Gigante começou a ser aclamado: “Lá vem o que luta contra o rei tirano!” A seguir aos mais manipuláveis, teve de convencer o extravagante mago e o temível bicho-de-sete-cabeças. Atravessou uma floresta de plátanos e aproximaram-se das falésias... só se ouvia o rugido das ondas a bater nos rochedos. Chegou, então, à enorme, majestosa e sinistra torre. Era uma torre tão alta que não se viam as suas ameias, perdidas entre as nuvens.

- Amigo, o rei cairá!

- O que te dá a certeza, amigo gigante? - perguntou o bicho-de-sete-cabeças, que era também o animal de estimação do mago. De súbito este entra em transe e só fala por enigmas quando se encontra nesse estado de espírito.

- Quando um bravo herói vier, os mantos dos pavões cairão do trono.

- Será que aquele enigma é para mim? - pergunta o impressionável Gigante fascinado pelo dom do mago e o exótico ambiente que o rodeava, uma sala decorada com caveiras, velas e símbolos estranhos.

- Um mago nunca se engana!.- cortou o bicho-de-sete-cabeças, confiante e sempre leal para com o seu dono.

Ditas estas palavras, estava reunido o assombroso exército, tal radiante sol num céu com nuvens. O exótico grupo, que outrora fora derrotado pela cobardia e o medo que sentia dos reis e príncipes, mas que agora caminhava forte e confiante, iniciou a sua marcha. Atravessaram os oceanos profundos, as majestosas e intimidadoras montanhas e as infinitas planícies, os lagos gelados e os desertos escaldantes, em busca do respeito perdido.

Chegaram, então, ao palácio.

- Que quereis vós, Gigante? Outra desilusão? - troçou o rei.

- Lamento senhor, mas não vim para isso. Estou bem acompanhado… - corta o gigante.

Aí o seu exército aparece deixando todos paralisados pela surpresa. Aproveitando a ocasião, destroem todo o luxo do palácio, fruto da troça e do mal que a realeza fizera.

O rei foge, salta para o colo de um dos seus guardas procurando refúgio e diz:

- Criaturas, tomei-vos por certas! Não vos valorizei, mas agora é tarde e vou ter de fugir…- e tenta correr, mas é apanhado, ditando a vitória das incompreendidas criaturas que assim se fundiram nesta sociedade para enfrentarem o inimigo comum.

Por isso é que hoje em dia os reis vivem fechados nos seus palácios, com medo de que um dos seus súbditos seja uma bruxa, um dragão, ou até mesmo um grande e melancólico gigante, disfarçado e pronto para os apanhar e reclamar o seu lugar no mundo.



Beatriz dos Santos Ventura, n.º 3, 7 ºI


O Salvador Inesperado



Era uma vez uma linda princesa, de cabelos ruivos, que vivia no castelo mais alto da região, e que tinha como pretendente, um belo príncipe que era mágico.

Uma noite, o príncipe aproximou-se do castelo onde a princesa vivia com os seus pais, para a pedir em casamento. Chegando à porta do castelo, bateu e foi a princesa que veio atender.

- Quem é ? – perguntou ela.

- Sou eu, o teu príncipe encantado.

A princesa deixou-o entrar. Os pais da princesa é que não ficaram nada satisfeitos com a visita. Não gostavam de mágicos e magias e não queriam casar a sua filha com tal príncipe. Assim que souberam que ele estava no castelo, mandaram-no embora.

- Vai-te embora, não queremos cá mágicos. – disse-lhe o Rei.

- Não, eu e ele vamos casar! – respondeu a princesa muito determinada. Os reis nem acreditavam no que a princesa acabara de dizer.

- Ele vai-se embora e é agora ! – tornou o Rei com tal firmeza que mais ninguém se atreveu a dizer fosse o que fosse.

O príncipe pediu ainda para falar a sós com a princesa antes de partir, ao que os reis acederam, deixando-os por momentos.

Ora, o que o príncipe planeava era levar a princesa para muito longe de casa, casar com ela e viverem felizes para sempre. Só que esta, apesar de também querer muito ao seu amado, preferia fazer a vontade a seus pais.

Então, o príncipe pegou nela e levou-a até à torre mais alta do castelo e usando da sua magia transformou a porta em parede e alteou ainda mais a torre, tornando-a inacessível, com um labirinto de vegetação espessa em torno do castelo, cheio de horríveis monstros pelo meio.

Como se ainda não bastasse, petrificou todos os habitantes do castelo, excepto a princesa, de tão zangado que estava por ter sido rejeitado por todos.

O príncipe deu então o prazo de um ano à sua amada para que ela se decidisse se casava com ele e tudo voltaria à vida e seriam felizes ou se, pelo contrário, morreriam todos.

Todos os dias, o príncipe aparecia junto dela, aquecia-lhe a comida usando a sua magia, e fazia-lhe a mesma pergunta:

- Já te decidiste ? – perguntava-lhe ele.

- Não, ainda não! – era por sua vez a resposta da princesa.

Então, ele ia-se outra vez embora, deixando-lhe a comida.

Com o tempo a passar, continuava a não haver decisão por parte da princesa e, no entanto, a vida de todos dependia da sua resposta.

Eis, senão quando, no último dia do prazo concedido, passou por ali o mais belo de todos os príncipes, montado no mais belo de todos os cavalos brancos. E este príncipe viu a mais bela de todas as princesas na torre mais alta do castelo.

Ao aperceber-se de todo o drama, lançou-se em direcção ao castelo, atravessando os arbustos e matando todos os monstros que lhe surgiam à frente.

Este príncipe percebeu que havia um monstro junto ao castelo, que estava acorrentado, ao contrário de todos os outros. Reconheceu nele o mordomo do castelo e pegando na sua espada, cortou-lhe as correntes, libertando-o.

Como também sabia magia, pegou no mordomo, deu-lhe asas e montou-o, para que o levasse em direcção à janela da princesa.

Entretanto, surge o outro príncipe e desenrola-se uma luta violenta, durante a qual o príncipe do cavalo branco vence o seu rival, cravando-lhe a espada no peito.

De repente, tudo volta ao normal, as pessoas deixam de estar petrificadas, a vegetação estranha desaparece e a torre volta à sua altura habitual. Da porta, entretanto reaberta, na parede surge a princesa, ainda assustada, mas agradecida ao seu salvador.

O príncipe renuncia às suas magias e os reis dão o seu consentimento ao casamento da sua adorada filha com ele.

E agora sim … casaram mesmo e viveram muito felizes para sempre!



FIM


Francisco Maria Dias Jorge de Sena Esteves

7ºI nº 9


Os Três Lobinhos

Era uma vez três irmãos “lobinhos”, o Refilão, o Preguiça e o Apressa.

Eles viviam numa casa muito grande, tão grande que raramente se encontravam e quando tal acontecia desatavam a discutir e gerava-se uma grande confusão.

Então, decidiram separar-se e cada um procurar uma casa para viver, e assim evitar discussões.

O Preguiça, que era o irmão mais velho e o que tinha mais dinheiro, tratou de ir comprar uma casa. Como era muito preguiçoso e não lhe apeteceu procurar muito, entrou numa imobiliária e comprou a primeira casa que o vendedor lhe sugeriu. Fez um mau negócio, uma vez que perdeu o seu dinheiro todo. E a casa estava em muito mau estado ,pois era muito frágil.

O Refilão arranjou tantas discussões com os irmãos, que estes acabaram por o deixar ficar com a casa de família. Não estava em muito bom estado, mas era grande e ele pouco pagou por ela.

O Apressa sempre com as suas pressas, foi quem fez o melhor negócio. Comprou uma casa velha e barata e ele próprio fez grande parte da sua reconstrução.

O único que estava contente era o Apressa que além de ser o irmão mais novo, era o mais inteligente.

Um dia, eles receberam um telefonema do tio a tentar convencê-los que tinha havido um engano e grande parte do dinheiro que tinham recebido da herança dos pais, não lhes pertencia.

Eles como disseram que não lhe davam o dinheiro que ele insistia pertencer-lhe, tratou de se vingar.

Estava um dia muito bonito quando o Preguiça ouviu a campainha a soar. Foi abrir a porta e deparou-se com o Sr. Porcão, o Porco mais temido das redondezas. O Preguiça muito assustado perguntou:

- O que deseja meu senhor?

- Eu venho por parte do Sr. Seu tio buscar aquilo que lhe pertence. -Disse o Sr. Porcão com uma voz muito grave e assustadora.

- Mas eu não tenho dinheiro nenhum! – Disse o Preguiça a gaguejar.

- A única coisa que tenho é esta casa velha! – Exclamou o Preguiça.

- Então vai ter que sair daqui, isto pertence ao seu tio. – Gritou o Sr. Porcão.

O Preguiça pegou rapidamente nas suas coisas e fugiu aterrorizado, para a casa do seu irmão Refilão, que depois de muito refilar lá o deixou entrar.

Depois de estar instalado e grato pela simpatia do irmão, a campainha soou. O Preguiça começou a gritar:

- Não abras, Refilão! É o Sr. Porcão!

Mas como o Refilão tinha de ser sempre “do contra”, não lhe deu ouvidos e foi mesmo abrir a porta. Deparou-se com o temido Sr. Porcão de arma em punho, ao ver isto o Refilão escapou-se por entre as pernas do Sr. Porcão que ficou muito zangado e disparou vários tiros que mais pareciam de canhão contra a casa. O Preguiça saiu pelas traseiras e a casa ficou toda destruída.

Foram para casa do Apressa que tratou logo de arranjar uma estratégia para derrubar o Sr. Porcão e o tio. Primeiro, disse aos irmãos que tinham de ser muito unidos, pois só assim poderiam executar o plano.

Puseram armadilhas à volta da casa toda e quando o Sr. Porcão chegou foi apanhado de surpresa, tendo ficado em muito mau estado foi parar ao Hospital.

O tio veio a saber do sucedido e fugiu para outro país e desde então nunca mais se soube dele nem do Sr. Porcão.




Maria Margarida Manso

7ºI

Carochinha hi-tec


Era uma vez uma linda carochinha que encontrou 500 euros ao aspirar a cozinha. Logo de seguida pegou no seu telemóvel i.pad e mandou uma mensagem à vizinha: - “Ó vizinha Barata, encontrei 500 euros ao aspirar a cozinha, o que faço com eles?” -Que sorte a sua ,pode comprar, por exemplo ,o novo computador portátil da Apple, dizem que é muito bom. -Que grande ideia que a vizinha me deu! Muito Obrigado! E assim se dirigiu a carochinha a uma loja Fnac, deu parte dos seus 500 euros e trouxe o seu “grande” computador portátil. Ao chegar a casa, a Carochinha ligou o computador e pôs-se a navegar na internet, acabando por ir parar a uma rede social o “facebook” e lembrou-se que poderia ser uma boa maneira de encontrar um namorado. Então, decidiu “postar” uma mensagem a dizer: “Quem quer casar com a Carochinha, que é bonita e formosinha”. Não se passou muito tempo até entrar no seu “facebook” o primeiro pretendente, era o boi, que respondia: “Quero eu, quero eu! Pois sou muito elegante e tenho muita força, assim posso proteger-te Carochinha.” A Carochinha não ficou muito animada com a resposta e disse-lhe: “Tu não podes ser, pois com o teu peso e os teus cornos afiados, poderás fazer mal aos nossos filhos.” De seguida recebe outra mensagem, que dizia: “ Quero eu, quero eu! Sou o burro, sou muito meigo e simpático e posso levar-te a passear sempre que tu quiseres”. Novamente, a Carochinha não gostou do seu pretendente e respondeu-lhe: “Não, não! Tu não podes ser, zurras muito e poderás acordar os nossos filhos” A noite foi passando e os pretendentes não paravam de aceder ao seu “facebook”, com esta a apontar-lhes sempre defeitos. Quando a Carochinha, já cansada, se preparava para desligar o seu computador, eis que lhe surge uma nova mensagem que a deixou entusiasmada: “Olá Carochinha, eu sou o João Ratão, sou um pequenino rato simpático, carinhoso e prometo ser um bom companheiro. O que achas de nos conhecermos melhor, mantendo diálogo no “Facebook”?

A Carochinha muito entusiasmada, por ter finalmente aparecido alguém que ela gostasse respondeu-lhe: ” Acho bem! Pareces realmente ser um bom ratinho.” Após longas conversações, decidiram marcar um encontro no Cyber café, que a Carochinha costumava frequentar, junto à sua casa. Ao saber que o João Ratão estava disposto a encontrar-se com ela nessa noite, vestiu as suas melhores roupas e pôs o seu melhor perfume. Quando chegou a hora marcada, dirigiu-se ao Cyber café onde o João estaria à sua espera. Ao entrar deparou-se com uma enorme ratazana pronta para a devorar, a Carochinha muito apavorada e sem saber o que fazer, correu como nunca tinha corrido, entrou em sua casa e meteu trancas em todas as portas e janelas, para que mais ninguém conseguisse entrar. Depois deste enorme susto, a Carochinha decidiu nunca mais marcar encontros pela net, pois podia ser muito perigoso. Decidiu então arranjar namorado da maneira tradicional. Com o restante dinheiro, resolveu comprar rendas e bordados para fazer um lindo vestido e pôr-se à janela para ver quem queria casar com ela:

-Quem quer casar com a linda Carochinha, que é bonita e formosinha e tem dinheiro na caixinha…




Miguel Calado 7ºI Nº24


UM HERÓI SONOLENTO

Hoje vivia-se um dia extraordinário no reino longínquo da Fantasia, a princesa Mariana fazia 18 anos e todo o reino foi convidado.

Todos os habitantes compareceram, o Astérix e o Obélix foram os primeiros a chegar:

-Que salão tão bonito! - Disse o pequeno Gaulês, mexendo no bigode.

- Achas que têm javalis no espeto? - Perguntou o Obélix pousando o enorme menir, que era o presente para a princesa.

Depois chegaram muitos mais convidados, o Mickey e seus amigos, vinham muito contentes por estarem numa festa tão bonita, o Pinóquio trazia uma bonita caixa de música feita em madeira pelo seu “ pai “ Gepetto e até o monstruoso Shrek não faltou com toda a sua família.

Quem também não faltou foram as grandes amigas da princesa, a Capuchino que trazia uma bonita capa vermelha e a Branca de Neve que vinha acompanhada dos seus inseparáveis amigos sete anões.

Enfim, eram tantos os convidados que durante toda a noite foram chegando, ao salão, que estava completamente cheio.

Um dos últimos a chegar, pois vinha da Terra do Nunca, foi o Peter Pan que com a sua fadinha Sininho entraram a voar pela janela mais alta do salão e espalharam pozinhos de felicidade por todo.

-Realmente esta é a maior festa que alguma vez ocorreu no reino da fantasia! – Disse o anão Sabichão ao seu irmão Soneca.

-Tens razão, mas olha que já dormia…vou ali descansar a vista, naquele cantinho ao pé da porta de serviço, até já… - Respondeu ele bocejando.

A Sininho estava pensativa, pois quando voavam para a festa viram passar um abutre com muito mau aspecto, que quase lhe batia, se não fosse a intervenção do Peter Pan.

-Não gostei nada daquele abutre Peter…

-Realmente, era muito esquisito.

De repente, um vendaval fez-se sentir e as janelas abriram-se de par em par, ouviu-se um enorme trovão e as velas apagaram-se, só a luz de um grande relâmpago iluminou a entrada da Bruxa Má na sala.

-Grande Festa, hem? E não me convidaram, eu que te criei, eu que andei contigo ao colo, Mariana, … não te vou perdoar, foram ingratos. – Disse a bruxa, erguendo a varinha mágica que puxou do bico do seu fiel Abutre que a Sininho logo reconheceu.

E num gesto brusco, apontando a varinha à princesa gritou:

- Para castigo, tu e todos os teus amigos irão dormir para todo o sempre.

E, num repente, ela e o seu animal de estimação voaram até à porta de serviço, antes que alguns dos convidados já ensonados a pudessem apanhar. Depois de conseguir arrombar a porta que estava fechada fazendo um grande estrondo, olhou para a sala adormecida e disse ao abutre:

- Para todo o sempre não, se for um príncipe a beijá-la, eles acordarão. Vês como ainda gosto dela… Ah! Ah! Ah! – E rapidamente desapareceram no céu enublado.

O estrondo na porta foi tanto que o Soneca que dormia naquele canto acordou sobressaltado, tendo ouvido o que a bruxa dissera.

Embora não tenha entendido a razão de toda aquela desgraça depois de tentar falar com os seus amigos e de não ter êxito percebeu que o feitiço não o tinha atingido, se calhar por ser o único que já estava a dormir.

Mas havia que fazer qualquer coisa, pensou o Soneca.

Então, lembrando-se da frase que a bruxa disse, pensou que a única alternativa para salvar a princesa e seus amigos era procurar rapidamente um príncipe.

Assim, partiu em direcção à floresta para tentar encontrar o único príncipe que ele conhecia, o príncipe Filipe que já tinha salvado a Branca de Neve.

Depois de muito andar e de estar perdido no meio da floresta, sentou-se numa pedra, triste e desiludido, adormecendo.

-Bambi, Bambi! – Chamou o coelhinho Tambor – Este não é o Soneca, um dos anões que trabalha na mina?

- É sim, vamos acordá-lo. - Respondeu o Bambi.

Com as suas patas delicadas, Bambi, abanou levemente o corpo do anãozinho, fazendo com que ele acordasse.

- Onde estou? – Perguntou o Soneca.

- Estás na floresta. – Disse Tambor.

Soneca começou-se a lembrar da sua missão e perguntou ao Bambi e ao Tambor se por acaso sabiam onde estava o príncipe Filipe. Eles disseram que sim, apontando para um palácio muito bonito no cimo do monte.

Então Soneca, depois das indicações dos amigos entrou na parte mais densa da floresta, onde ele nunca se tinha atrevido a entrar.

Era uma autêntica selva, a vegetação era muito densa, ouviam-se sons de animais que o anãozinho nunca tinha escutado, o medo era tanto, que tinha vontade de desistir. Mas não podia, tinha que salvar a princesa e os seus amigos e para isso era necessário continuar, na tentativa de encontrar a saída da floresta que iria dar ao monte. Finalmente chegou.

Durante a subida do monte, o anão percebeu que embora o palácio fosse longe não havia tempo a perder nem para uma sesta.

Chegado ao palácio, o pequeno herói pediu para falar com o príncipe que logo lhe disse que o ajudava.

De seguida, partiram os dois montados num veloz cavalo branco em direcção ao palácio da princesa Mariana, poucas horas de pois quando chegaram ao palácio o silêncio era assustador, todos dormiam profundamente. O príncipe Filipe, orientado pelo Soneca, dirigiu-se à bela princesa e beijou-a. De repente, todos começaram a acordar, retomaram a festa e o príncipe prometeu com o seu exército prender a bruxa para que a felicidade e a tranquilidade voltasse ao reino da fantasia.


ANA RITA FERREIRA

Nº 2 – 7º I


A União fez a Força


Esta história, sobre a qual eu vos vou falar, data de há muito, muito tempo. Ninguém sabe ao certo qual a data da escritura, mas a verdade é que continua a ser transmitida aos mais novos. Pois então vamos lá:


«Há muito, muito tempo, por volta da altura em que os Romanos dominavam grande parte da Europa, havia uma terra chamada de Gália. Era reinada por um grande homem, conquistador e respeitado, chamado João de Leão. Todos gostavam dele, e a população de escalões mais baixos conseguia ter um razoável modo de vida.

Um dia, enquanto dava um passeio pelo bosque com os seus dois filhos gémeos, Vicente, o Valente, e Olavo, o Bravo, disse – lhes:

- Filhos, estamos numa época difícil. Os Romanos estão muito fortes. A cada dia que passa, temos menos terreno. É preciso tomar medidas. Um espião nosso descobriu que me pretendem assassinar para causar o caos na nossa cidade. Se for esse o caso tratem de repor a ordem e derrotar os Romanos. Mas só há uma maneira. Só trabalhando em equipa conseguirão.

E, nesse preciso momento, ouviu – se o barulho das armas dos Romanos a disparar.

- Salvem – se! Corram! – Dizia João de Leão – não se preocupem comigo!

- Corre, pai! Tu consegues! – Gritavam Vicente e Olavo.

E então ouviu – se o disparar de uma arma, seguido de um estrondo semelhante ao de um corpo a cair no chão. Vicente e Olavo pararam, já fora do alcance das armas. Estavam surpresos e assustados com toda a rapidez do sucedido. Voltaram para o palácio.

Só na manhã seguinte se soube da triste notícia. A população ouvia – a por todo o lado, desgostosa. Umas pessoas choravam, outras lamentavam – se. Foi de facto um dia muito triste, para os Gauleses.

Bastaram apenas mais dois dias para que nascesse nova confusão: Vicente e Olavo disputavam o trono, pois o seu pai não falara de nada sobre esse assunto. Ainda por cima, também a população estava dividida: uns apoiavam Vicente, e outros defendiam que quem devia subir ao trono era Olavo.

Foram travadas então muitas guerras entre estas duas forças. Quando perdiam uma, ganhavam a seguinte. Alem do facto de muitas pessoas morrerem nas guerras, ninguém se preocupava com os Romanos. Estes já tinham conquistado mais de metade dos territórios Gauleses e estavam cada vez mais fortes. Os poucos que se preocupavam com os Romanos nunca eram ouvidos, os impostos aumentaram, a qualidade de vida da população diminuiu significativamente, e como se isto não bastasse, a população diminuiu bastante após a guerra: muitos morreram, outros foram viver para outras cidades.

Só passados muitos dias, quando a situação da cidade era já pior que péssima, é que algumas pessoas consideradas mais importantes começaram a ficar preocupadas com a situação em que se encontravam. Então foi marcada uma reunião de extrema importância onde compareceriam todos os homens mais importantes da cidade, incluindo Vicente e Olavo, para juntos decidirem que decisões iriam tomar para melhorar a situação da terra Gaulesa. Então, um dos homens presentes tomou a palavra:

- Meus caros senhores – começou – todos sabemos o estado no qual nos encontramos. É preciso tomar medidas imediatamente. E, a primeira coisa que precisamos de fazer é reaver os terrenos que nos pertenciam. Como, perguntam vocês? Unidos. Juntos. Com espírito. Assim, meus senhores, iremos ganhar aos Romanos. Pensem no que fizeram, nas decisões que tomaram. Foi graças a alguns de vós que estamos no estado em que estamos. Foi graças a alguns de vós e às vossas decisões o porquê da nossa reunião. A solução é, como já antes referi, lutarmos juntos. Pensem no assunto.

E, dito isto, sentou – se.

Depois de muitas outras discussões, foi assinado um papel. Chamaram – lhe de “ Tratado de Paz “.

No dia seguinte, toda a população se sentia motivada para lutar e reaver o que era deles.

À medida que os dias iam passando, os Gauleses recuperavam territórios. Cada vez mais territórios. A população começava a ganhar um novo espírito e a sua qualidade de vida subia. Diminuíram os impostos, devido ao aumento das exportações de produtos agrícolas que vinham dos campos semeados e tratados pelos agricultores gauleses.

Então, a pouco e pouco, tudo ia voltando ao normal. Quanto ao trono, quem reinava era um primo de Vicente e Olavo, filho do irmão de João de Leão, Tomás, o Audaz.



João Gaspar

Nº 15

7º I


UM GATO ESPECIAL!


Era uma vez…num sítio qualquer e a qualquer hora, um gato. Não era um gato qualquer! Era um gato especial porque usava umas botas e andava pelo mundo à procura de alguma coisa que o fizesse feliz.

Tanto andou que avistou um castelo que lhe parecia encantado. Estava todo coberto de espinhos gigantes. Após cortar alguns deles com as esporas das suas botas, conseguiu entrar e, para o seu espanto, todos os seus habitantes, animais e pessoas, estavam a dormir profundamente.

- Mas que será que aconteceu aqui?!!! Isto faz-me lembrar alguma coisa!! Já sei! Uma história que a minha mãe contava há muito tempo atrás. Espera ai!... Deve haver uma Bela Adormecida aqui por perto.

Dito isto, ele começou à procura da dita cuja, subiu umas escadarias que foram dar a uma porta onde se encontravam dois guardas a dormir. Passou por cima deles, abriu a porta e … lá estava ela , talvez aquilo que ele procurava e que o podia fazer feliz.

Aproximou-se da cama e ficou a pensar no que poderia fazer.

- Bem, parece mesmo que tenho que lhe dar um beijo.

Assim pensou e logo o fez; mas para seu espanto, ela tinha-se transformado num sapo verde, viscoso e gordo. Que, aos saltos, fugiu para o lago mais próximo. O gato especial bem correu atrás dela, mas ela lá mergulhou no lago e todos sabemos que «gato escaldado de água fria tem medo»

Com medo da água resolveu contornar o lago e entrou num floresta que muitos diziam assombrada. Andou, andou e acabou por encontrar uma Menina um pouco estranha, toda vestida de Vermelho, com uma banca cheia de papeis da “Liga da Defesa dos Animais Selvagens”… acreditem ou não, ela era a presidente dos “Amigos do Lobo Mau” espécie em vias de extinção.

- Minha Menina - perguntou o Gato Especial – Não viste por ai um sapo aos saltos?

- Não, não vi! Só vi aqui um grupo de porquinhos construtores civis que vieram ter com o lobo, que mora nesta floresta e que por acaso é engenheiro. Foram por ali - disse a Menina vestida de Vermelho indicando o caminho.

O Gato Especial seguiu a direcção indicada pela menina de Vermelho.

Andou, andou, mas apenas encontrou uma menina muito, muito Branca que ia com muita pressa para ir ao médico, porque estava doente ( com anemia com certeza!) Parece que ela era uma princesa, ou talvez até rainha, e como a maioria das pessoas importantes, também tinha guarda costas, tinha sete, mas todos muito pequeninos.

Seguindo o seu caminho, o Gato Especial avistou um castelo com muitas chaminés e todas elas deitavam fumo. Dirigiu-se a ele e bateu à porta das traseiras. Quem foi abrir foi uma menina que o Gato Especial achou que já conhecia.

- Olá, eu sou o Gato Especial com Botas e ando à procura de alguma coisa que me faça feliz.

- Olá, eu sou a Gata Borralheira, vivo neste Castelo sozinha porque a minha madrasta e as minhas duas irmãs foram-se embora por causa da crise. Se quiseres podes ficar aqui, tens sempre um lugar junto à lareira e um prato de biscoitos e leite.

E pronto, finalmente o Gato Especial encontrou algo especial que o fez feliz para sempre e com “pós de perlimpimpim” a história chegou o fim: “Vitória, vitória e acabou-se a história”



Alexandre Brás Teixeira

7º Ano Turma I nº1


A gata do campo e a gata da cidade


Era uma vez uma jovem gatinha chamada Gisela. Bonita e muito elegante, Gisela era muito vaidosa e fútil, passando os dias a pentear o seu pêlo branco como a neve.

Gigi, como era chamada, pertencia a uma família muito rica, por isso, só vestia roupas caras e fosse para onde fosse, não se esquecia dos seus saltos altos nem das suas jóias.

Mas para sua grande tristeza, embora vivesse numa grandiosa casa, esta localizava-se numa pequena aldeia no campo, o que a mantinha longe das festas, dos teatros, enfim das luzes da ribalta.

Apesar de ter tanta beleza e dinheiro, Gigi sentia-se sempre muito sozinha e triste, pois não tinha ninguém da sua idade para poder conversar e divertir-se.

Um dia, numa longa conversa com a mãe, descobriu que tinha uma prima que morava na capital e, para além disso, era da sua idade.

Não cabendo em si de contente, pediu logo à mãe para ir conhecer a prima e passar uns tempos na cidade. Porém, a mãe não a queria deixar ir, pois ela própria ficaria sozinha naquele imenso casarão.

Mas Gigi não desanimou e todos os dias durante o chá da tarde, ela pedia.

- Mãezinha, por favor deixe-me ir conhecer a prima Beatriz. Por favor, por favor, gostava tanto de estar com ela! São só uns dias! Vai ver que o tempo passa num instante.

Depois de tanta insistência, a mãe finalmente cedeu, e disse:

- Pronto, está bem! Mas vai só por uma semana.

- Obrigada mãe, muito, muito obrigada! A mãe é a melhor mãe do mundo. Posso ir já amanhã?

_ Tem calma filha, disse a mãe! Deixa-me falar primeiro com a tua tia Preciosa.

- Está bem, mãe. Está bem! E saiu da sala a cantar “ vou para a cidaa-de, vou para a cidaa-de!! Vou passear nos jardins, vou aos cinemas e teatros, e sobretudo …. vou a festas!

Durante o tempo em que andou a preparar as malas, Gisela começou a criar grandes expectativas em relação à prima. Imaginava-a com um lindo vestido até aos pés, a entrar num palacete para ir a uma gala, onde só as pessoas mais importantes entravam, ou num vestido de noite, desta vez curto e brilhante, para ir a um bar muito chique. E se ela fosse artista, e voltou a imaginá-la agora a experimentar roupa para desfilar na passerelle, ou a cantar para mais de dois milhões de pessoas que gritavam pelo seu nome.

Actriz! Se calhar ela era actriz e então pensou nela a representar em frente das câmaras de televisão. Ela já não sabia como imaginá-la, conseguia dar-lhe mil e uma cores e feitios.

Gisela não sabia nada sobre a cidade, pensava que lá só viviam as pessoas importantes.

Iam passando os dias e Gisela já com o seu voo marcado, sentia-se cada vez mais excitada por ir conhecer a prima Beatriz, mas também por ir para a cidade.

Finalmente chegou o dia da viagem e Gisela não cabia em si de contente. Não tinha conseguido dormir durante a noite e por isso acabou por adormecer durante a viagem.

Finalmente chegou. Gigi não sabia onde era a casa de Beatriz, apenas tinha a indicação de que era na Rua Augusto dos Santos.

Depois de perguntar aqui e ali, encontrou a rua certa, mas não sabia qual era a casa.

Começou por procurar numa grande e bonita casa, mas não era lá. Indicaram-lhe então o número da porta, e qual não foi o seu espanto quando em vez de uma casa grande e luxuosa, encontrou um casebre velho e pequeno, com a tinta a cair para a relva, que aparentemente era a única coisa viva que lá existia. Ainda assim chamou:

- Beatriz, Beatriz! Sou a Gisela, a tua prima. Está alguém em casa?

Muito lentamente a porta abriu-se e saiu de lá uma linda e pequena gatinha. Mas em vez de um vestido de gala, vestia umas jardineiras todas remendadas.

- Olá - disse ela. Sê bem-vinda à minha humilde casa.

Gisela estava muito decepcionada. Afinal a prima não era chique como ela, não a podia levar aos sítios que tinha imaginado e parecia uma pobretana.

Bom, mas agora não havia nada a fazer senão ficar ali. Cumprimentou a prima e entrou dentro da sua casa.

Tiz, ofereceu-lhe uma bebida que ela não conhecia, que se chamava Coca-cola. Era mesmo bom!

Ficaram na conversa e, ao fim de algum tempo, Gisela já se sentia à vontade com a prima. Ela explicou-lhe que vivia sozinha naquela casa pois tinha-lhe sido deixada pela sua avó e não queria abandoná-la.

Depois de um dia cansativo, foi para a cama exausta.

No dia seguinte a prima acordou-a muito cedo e teve que ir ajudá-la, a regar os legumes, a dar comida aos animais, a lavar alguma roupa, a fazer comida, a arrumar a casa e a ir às compras. Enfim, uma canseira.

Definitivamente, não gostava daquele modo de vida. Embora vivesse no campo, não estava habituada a trabalhar na horta todos os dias, nem gostava de ir às compras ao supermercado. Isso era o trabalho que as suas criadas faziam.

Também fez alguns passeios pela cidade, mas curiosamente deixavam-na mais cansada que entusiasmada. Havia muita confusão, muita gente, muito barulho, muita agitação, tudo coisas a que ela não estava habituada. Mesmo nas zonas calmas, como a rua em que Beatriz morava, ouviam-se frequentemente ruídos e pessoas a gritar.

Ao fim de três dias sentia-se verdadeiramente cansada da cidade. Então decidiu convidar a prima para visitar a sua casa.

Partiram no dia seguinte.

Agora a novidade era para Beatriz. Embora se sentisse muito bem com Gisela, a verdade é que o campo era demasiado calmo.

Dois dias depois de estar no campo sentia saudades das suas estimadas lojas de jardinagem, do corre-corre do seu dia e não tinha acesso fácil a coisas a que estava habituada a ter. Isto para não falar nos barulhos que animais como mochos e grilos que se ouviam durante a noite. Deixavam-na verdadeiramente assustada e inquieta.

Estava desejosa de voltar para a cidade.

Triste e até um pouco envergonhada, disse a Gisela que queria voltar no dia seguinte para sua casa, pois não se sentia bem ali.

Depois de conversarem um pouco sobre a experiência que tinham vivido, concluíram que embora com um aspecto e uma vivência mais rural Beatriz gostava era de viver na cidade, enquanto Gisela, com os seus hábitos mais aristocratas e os seus sonhos de “jet-set” o que gostava mesmo era da tranquilidade do campo.


Externato João Alberto Faria

Prof. Elisabete Pombeiro

Trabalho realizado por

Maria Plácido 7º I nº20


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